Sunday, May 01, 2005

As aventuras de Vicente Valente num submundo de drogas e mulheres peitudas que se oferecem por dinheiro

Pois é, meus caros. lembram-se dele? É o nosso herói da covardia, Vicente Valente. Coitado, ele não tem culpa de ser assim: ele tem problema. Não fale mal do pobrezinho.
Após o triste episódio do shopping, nosso amigo Vicente caiu em depressão e resolveu que era hora de acabar com tudo aquilo. Que diabos, leitor, ele não queria se suicidar, não: ele resolveu ir a um psicólogo, fazer um tratamento contra as crises de pânico.
Conversou com alguns amigos (é, pra facilitar a história ele tinha amigos), ouviu conselhos e se decidiu por um famoso especialista, de linha lacaniana. A consulta mais cara da cidade (pra facilitar mais ainda, ele tinha muito dinheiro. Talvez por isso tivesse amigos. É, isso explica tudo).
E lá foi nosso personagem para sua primeira consulta. Fizeram com que ele esperasse quase uma hora, mas ele estava tão otimista e confiante na sua cura que nem ligou. "Agora vai", pensava.
Entrou para a consulta de cabeça erguida. Foi bem recebido pelo tal especialista, e logo começaram a conversar. Cerca de 10 minutos depois, o psicólogo falou:

- Sua consulta acabou. Por favor, o senhor se retire.
- Mas...mas...eu paguei por meia hora de consulta!
- Saia da sala. Por favor.
- Mas...mas...
- Meu amigo, uma das bases da psicologia lacaniana é...
- EU JURO QUE NÃO QUERIA TE OFENDER! EU JURO! NÃO ME EXPULSE, EU IMPLORO!
- Mas eu não estou te expul...
- AAAAAAAAAH! Não faz isso! Não! AAAAAAAAAAAAAH!

Era um daqueles ataques. Vicente começou a arrancar as roupas, numa cena deplorável. De-plo-rá-vel. Depois de alguns minutos, ele voltou a si. Estava no consultório, ainda. Lentamente, ele começou a catar suas roupas.
Depois de pegar tudo, saiu andando seminu em direção à recepção, sob o olhar atento do psicólogo. Envergonhado, esconde sua cueca mijada com os sapatos.
Pobre Vicente.

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